segunda-feira, 24 de março de 2014

Um apavorante susto

Militares histéricos nos caçavam. Lutamos capoeristicamente: mudávamos até a linguagem das peças. Até que nos pegaram

Por: *José Celso Martinez Corrêa, no CartaCpaital

ditaduraFoi um susto!

Do dia 31 de março ao dia 1º de abril, começamos a ser Caçados.

Caçadores Fardados alardeavam pelas Mídias – rádios, tevês, jornais:

– CAÇA AOS COMUNISTAS! CAÇA AOS SUBVERSIVOS!

Senti, 
sentimos, 
um apavorante susto!

Este mesmo susto senti eu quando vi,

em pleno Carnaval de 2014,

um soldado da PM de máscara e corpo inteiro,

não pro carnaval de Dionísios, mas pra COPA!

A PM fantasiada de ROBOCOP!!!!!!

O Poder do Estado pretendendo proibir o uso de máscaras nas manifestações,

ao mesmo tempo em que apresentam a ROBOCOPA a nós, desmascarados, desarmados ?!

É uma DECLARAÇÃO DE GUERRA?

Cassados os direitos humanos de manifestação,

estamos diante de ROBÔS que poderão até nos matar.

Como nós, corpos sujeitos da vida e da história, seres livres vivos, vamos contracenar com esta estranha entidade – pessoa tanque de guerra de ficção científica?

Nos anos 50, início dos 60, o Teat(r)o Oficina e eu tivemos a felicidade de viver e crescer nos afirmando como animais indomáveis de Teat(r)o, contracenando com uma multidão botando fé nas reformas de base, plugadas nos artistas criadores da Bossa Nova, do Cinema Novo, da Radio Nacional, os Concretistas – Nova Figuração, Sambistas, Estudantes Estudiosos.

SUICIDIO LIBERTADOR

Eu estava no Colégio Estadual de Araraquara, em uma aula nem me lembro de quê, quando de repente as pessoas corriam entre salas de aula clamando os Evoés de Trágédia, que depois vim a saber que eram como as do Teatro Grego:

GETÚLIO SE SUICIDOU!

Professores, alunos, bedéis, todos atingidos, saímos pra rua sem nos olharmos, misturando-nos ao que ouvíamos nas rádios transmitindo multidões aos berros, ocupando a Avenida Rio Branco da Capital do Brasil, o Rio de Janeiro, no mesmo frêmito de energia feroz que nos "pegou". Vivíamos em plena Era do Rádio, evoezávamos com o Brasil inteiro:

– O PAI DOS POBRES SE MATOU E TE DEIXOU UMA CARTA TESTAMENTO”

Me lembro que ouvi dentro do meu “em mim”:

– TE VIRA MEU FILHO QUE TEU PAI SE SUICIDOU.

A Engrenagem de Sartre que montamos já demonstrava: Presidente da República, Pai, Deus, não podem nada diante da máquina do Imperialismo.

– TE VIRA dentro da Vida Impressa em Dollar!

Sai d’Ela: TEU PAI SE MATOU!

Eu entendi e acho que muita gente de minha geração sacou, não adiantava esperar nada do poder de cima, era necessária uma revolução.

E passei a contar comigo como uma espécie humana vinda dos deuses minerais, vegetais e animais; com a minha geração e com aquele povo tragicômico orgyástico do enterro de Getúlio. Choravam a morte do Paternalismo, que no Brasil nunca deu em nada.

O suicídio de Getúlio e sua Carta travaram o Golpe Patriarcal Financeirista engatilhado pelo Pentágono e pelos Militares Golpistas territorializando o Brasil como Potência de um lado da Guerra Fria.

O Poder nascido nesta época para os povos dos países hoje chamados emergentes, e naquele tempo 3º Mundo, vinha da não tomada de posição diante de um dos dois Blocos, mas sim do jogo ao lado da Paz no Mundo.

Eu tinha 17 anos e pude gozar até o dia do meu aniversário de 27, 30 de março de 1964, a liberdade criadora que permitiu a existência do Teat(r)o Oficina no sucesso absoluto de Os Pequenos Burgueses de Maximo Gorki.

Essa peça virou do avesso os jovens pequenos burgueses e até os burgueses ditos progressistas. Todos suicidas de classe média com tesão do renascimento do corpo revolucionário, diferentemente de hoje em que todos querem ser – a pequena Burguesia escrava da Alta, que esta grande atriz Valeska Popozuda encena no seu clipe do Beijinho no Ombro:

– DESEJO A TODAS INIMIGA VIDA LONGA PRA QUE ELAS VEJA CADA DIA MAIS NOSSA VITÓRIA.

Fomos comemorar os meus 27 anos num show de Nara Leão e seu joelho, suportando tesudo a curva de seu violão, numa boite da Praça Roosevelt com muitos artistas, sentei numa mesa com o Augusto Boal.

Foram 10 anos em que a cultura brasileira, os movimentos de massa pelas Reformas de Base, Movimento Estudantil através da UNE, Reforma Agrária, o Maravilhoso Movimento contra o “Acordo MEC USAID” – que venceu a partir de 64 e transformou a Universidade num Forno pra produzir $oldados pro Mercado Militarizado.

Darcy Ribeiro, o Político Antropólogo Antropófago que tomou ayuasca com os índios, estava criando uma Universidade Antropófaga, em que até eu iria dar Cursos de Teat(r)o.

Nesse decênio, a não ser com a besta do Jânio, as Portas de Brazília eram abertas sem cercas burocráticas ou/e seguranças. É incrível imaginar isso hoje: Brasília não era ainda BrazILHA.

Jango Goulart, Juscelino, Celso Furtado, Francisco Juliano, a beleza da 1ª Dama Maria Tereza Goulart, de Marta Rocha.

O GOLPE DA GUERRA FRIA NO BRASIL

Mas na manhã seguinte, dia 31, Dona Maria, uma cozinheira épica do apê onde morava no Bixiga, entrou com um exemplar da ÚLTIMA HORA xingando:

SEU ZÉ! O POVO TA FODIDO! OS MILITAR QUEREM ACABAR COM O SALÁRIO MÍNIMO!!!

Assim mesmo fui ao ensaio marcado de Pena que ela seja uma Puta, de John Ford, não o dos filmes de cowboy, mas um dramaturgo recém-pós Shakespeare: escatológico, pornô, maravilhosamente colorido, onde dirigiria Célia Helena, Raul Cortez, Jô Soares, Claudio Marzo, Miriam Mehler, Renato Borghi, Tereza Austragésilo, Eugenio Kusnet, Moema Brun, Lineu Dias, Ronaldo Daniel – depois Ron Daniels, Geraldo Del Rey, numa montagem que talvez antecipasse O Rei da Vela, trabalhada no prazer do Teatro a mais radical Teatralidade – com muita cor. Tínhamos dinheiro da ótima bilheteria de Os Pequenos Burgueses, todos enchafurdados no prazer da criação desabusada em fase de 1ªs leituras em torno de uma mesa enorme.

Escancara as portas do Oficina Lilian Lemmertz, mensageira da tragédia:

CONGESTIONAMENTO DE TANQUES DE GUERRA NAS RUAS.

INVADIRAM O TBC, QUEREM FECHAR TODOS OS TEATROS.

Saímos todos pra Consolação no Teatro de Arena perto da Faculdade de Filosofia da Maria Antônia. A Pitonisa estava certa: engarrafamento no trânsito, não de carros, mas dos Tanques e Canhões apontados pra todos os lados.

Encontramos muita gente da “classe teatral” e combinamos uma reunião depois dos espetáculos na Casa de Maria Alice Vergueiro.

Tínhamos uma sessão de Pequenos Burgueses.

O Oficina, que lotava todas as noites, estava totalmente vazio, umas 15 pessoas.

Os atores foram até o fim da peça incorporando o que se passava naquela noite – quem estava nesta sessão teve o privilégio de viver este momento com intensidade maior – com as mãos tremulas, não sei como foi, mas o Hino da Internacional Comunista que fechava a peça foi substituído por uma música russa, talvez até ortodoxa, pois tínhamos ganho através do Kusnet muitos discos doConsulado da URSS.

Na reunião da Classe, com a tevê ligada, vi aparecer n’Ela meu professor de Direito Internacional Gama e Silva, um cadáver, ressuscitando como o democrata do Golpe que iria ocupar o Ministério da Justiça.

Os Mortos saíam dos Túmulos.

A Decisão de todos era escapar, não se deixar capturar pela ordem de caça aos subversivos e aos comunistas.

Senti literalmente o chão fugir aos meus pés.

O Ato Estratégico Trágico de Manifestação do Poder Humano, de TeAto Político, atuado pelo ator presidente Getúlio Vargas, com o texto de sua Carta Testamento e seu SuiCídio, levantou o TRANSE DOS COROS DAS MULTIDÕES DE TODO BRASIL que abortaram o Golpe Militar pró Guerra Fria, preparado para Agosto de 1954.

Em 64 já estávamos espertos – eu tinha 27 anos.

Foram os dias de “CAÇA AOS COMUNISTAS! AOS SUBVERSIVOS!”.

Militares histéricos nos caçavam tomando o lado do Pentágono na Guerra Fria.

Fomos driblando a Ditadura e a Censura, lutando capoeristicamente, mudando sempre nossas estratégias e linguagem para as peças, até que, depois de várias tentativas, nos pegaram em 1974 –10 anos de Golpe!

O Teat(r)o Oficina foi invadido, muitos fomos presos. Fui torturado juntamente com o ator fotógrafo Celso Lucas e exilado para Portugal, descolonizando-se com suas ex-colônias.

Na Anistia retornei ao Brasil e ao Teat(r)o Oficina. Um período subterrâneo vivido durante a “depressurization” = abertura gradual lenta e restrita, para  começar a emergir totalmente com a inauguração do Terreiro Eletrônico do Teat(r)o Oficina, Obra de Arte de Lina Bardi e Edson Elito com o “HAM-LET” –Impeachment de Collor no dia 3 de outubro de 1993.

Hoje, juntamente com a PM – Polícia Militar – a disfarçada de ditadura explícita, apoiada no Vodu Metafísica da Fatalidade da Especulação Financeira, instaurou-se no aparelho do Estado, plugado no Agro Negócio de Alimentação com sabor de inseticida, a tentativa de extermínio dos Índios, da Natureza, do Cultivo da Vida, quer dizer, da Cultura. É a Tentativa de Domínio de Uma Verdade ÚNICA, de preferência a que mais pode gerar preconceitos, cegar mais a visão, violentar a contracenação com o Outro, a que traz o desprezo pelo Teatro que é uma Arte do Poder Xamânico Humano ligado ao Cultivo da Vida, a que sintomatiza o que acontece no Ato de Teato Mundi e Muda.

A Cultura é desprezada porque Muda, e é muda de outra maneira de estar e ser no mundo.

As Máscaras da Homofobia, Racismo, Machismo, Consumismo, Dinheirismo não resistem diante do PHODER HUMANO do ser que encara a vida desassombradamente.

RETORNANDO AO GOLPE

Foi uma surpresa inesperada pra todos. Celia Helena tinha uma casa em Ubatuba onde sumiríamos. Entramos no apartamento de Geraldo Del Rey, Renato Borghi raspou a barba de Piotr que fazia em Pequenos Burgueses e fomos pra Praia enquanto Ítala Nandi pintava os cabelos de Louro e passava a gerir o Oficina com a montagem de Toda Donzela tem um Pai que é uma Fera, de Gláucio Gil. Convidou Benedito Corsi para dirigir Tarcísio Meira como galã, Miriam Meheler, Ítala e Eugênio Kusnet no Elenco. A peça foi dando a grana que precisávamos – menos os do Oficina e muito mais os do Arena – para ir ao Exterior para não sermos caçados.

O Golpe caçava primeiro os que estavam no Poder, os jovens do CPC que militavam nas favelas, na UNE - União Nacional dosEstudantes – Incendiada, os do Movimento de Cultura Popular, que explodiu em Pernambuco ao mesmo tempo das Ligas Camponesas, onde a repressão foi de arrastar pelas ruas o Corpo Nu Vivo de Gregório Bezerra, líder comunista puxado por uma corda.

Quando Cleyde Iaconis foi presa no TBC pairava uma interdição aos Teatros em que os sucessos eram os das peças ditassubversivas.

Na peça que vamos montar, Cacilda 64 – o Golpe, Maria della Costa e Cacilda Becker têm uma sacação estratégica de Grandes Atrizes da Política, que é a Arte do Teatro em si.

O DOPS intimou a classe Teatral paulista a Depor.

A Operação chamava-se Sindicância Para Apurar a Infiltração Comunista no Meio Teatral.

Ambas pedem que fossemos todos muito bem vestidos em fantasias de bons moços e moças, como num Cortejo. Cacilda veste um Dior, Maria os Modelos das Casas Vogue, de Denner ou de outros tops da época. Combinam tudo por telefone: alugam dois Rolls Royce, chamam toda a Mídia e descem com seus sapatinhos forrados de suas carruagens sob todas as luzes da Tupy, dos flashes de todos os jornais e revistas.

Penetráramos no PARDIEIRO DO DOPS onde nos esperava o Delegado Dr. BuonCristiniano e a televisão transmite tudo ao vivo.

Cacilda e Maria della Costa respondem ao interrogatório com uma clareza e cara de pau que deixou constrangido o Delegado diante das tevês.

Cacilda libertou não somente Cleyde Iáconis, que estava presa, como outros Atores e Atrizes e terminou por conseguir do Buon Cristiniano, que todos os teatros fossem abertos:

ESTAMOS AQUI ESPONTANEAMENTE DESAUTORIZANDO O CARÁTER COERCITIVO DA INTIMAÇÃO … NÃO CORTEM AS AZAS DO TEATRO BRASILEIRO QUE ESTÁ EM SEU PLENO ESPLENDOR.

Não deviam se meter, mas se meteram através de grupos paramilitares que queimaram a TV-Bandeirantes, o Teat(r)o Oficina,ameaçavam jogar bombas nas Assembleias dos Teatro em que se Lutava contra a Ditadura e sobretudo a Censura.

Em 68 estes milicianos paramilitares Atacaram a Roda Viva no Teatro Galpão na Operação Quadrado Morto, em que assistiram, por quase um mês inteiro, ou mais, a peça pra aplicar sua invasão baderneira terrorista na saída do público destruindo como vândalos os equipamentos do teatro e batendo nos atores e atrizes.

Depois foi o próprio 3º Exercito Nacional de Porto Alegre que atacou pela segunda vez o Roda Viva no Hotel onde estava o elenco, exatamente como aconteceu agora num Hotel da Rua Augusta com a PM e os manifestantes.

Neste massacre não permitiram os advogados de se aproximar dos atores feridos. Foram todos colocados dentro de um Ônibus de volta pra SamPã, sem tratamento para os feridos. Chegaram com as feridas ainda sangrando nas portas do Teatro de Ruth Escobar.

A Peça então foi proibida em todo Território Nacional pelo próprio Exército.

Até o AI-5, de uma certa maneira o Teat(r)o Oficina foi poupado. Encenamos Galileu Galilei, de Brecht, no dia 13 de dezembro, onde ouvíamos pelo rádio o Pronunciamento do Ato Institucional nº 5, pelo qual os militares engrossaram de Vez.

Tínhamos uma Censura para a qual enviávamos os textos e depois fazíamos ensaios gerais para os Censores. Mas sempre liberavam nossas peças porque não entendiam nada. Nós tínhamos desde O Rei da Vela & Roda Viva saído dos critérios da Censura que estava ainda na fase de proibir textos que criticassem diretamente o Governo ou os ligados ao Realismo Socialista.

No ensaio de Roda Viva nenhum censor olhou para o palco. Todos hipnotizados pelos olhos realmente lindos de Chico Buarque de Holanda, que tinha a presença tímida de um deus jovenzinho pra lá do atraente – um santo!

E agora?

O Carnaval de 2014 rolou sem Violência Explícita Militar?

Parece que sim.

Estamos a menos de 100 dias da COPA e próximos à eleição – Ano difícil. Começar tudo de Novo – o Teat(r)o Oficina e seuentorno pra variar a perigo mas não para encenar na Vigília dos dias 31 de março e 1º de Abril

Cacilda 64 – O Golpe.

Nem começamos a ensaiar

MERDA

*José Celso Martinez Corrêa é o diretor do Teatro Oficina. Este texto faz parte da série de artigos do especial Ecos da Ditadura, que lembra os 50 anos do golpe cívico-militar

quinta-feira, 20 de março de 2014

Desenvolvimento na Serra? Para quem?!

Por: Sítio Casarão

serraNossos gestores, faz tempo, vem tentando nos convencer de que atrair grandes indústrias e portos é bom para a população... Mas de onde?! Só se for as que estão distantes.
A Serra responde por cerca de 17,5% de todas as riquezas produzidas no Estado, das 200 maiores empresas capixabas, 44 atuam no município, inclusive grandes players internacionais, possui 25% do PIB da Região Metropolitana da Grande Vitória, 15,3% do PIB estadual; 16,6% do ICMS estadual, possui o maior parque industrial sendo, assim, a segunda economia do Espírito Santo.
PERGUNTA: apesar disso tudo, que qualidade de vida tem o povo serrano?
A prefeitura só sabe falar que não tem verba... até mesmo para a construção de um campinho em comunidade de grande risco social diz precisar de parceria do Estado.
RESUMINDO: será mesmo que ocupar nossas áreas, até mesmo as de preservação, com indústrias e portos melhorará a nossa qualidade de vida?
Bem, aqui na Serra isso não tem funcionado e os grandes beneficiados são os políticos, já que esses grandes empreendimentos são ótimos financiadores de campanha.
UM BOM EXEMPLO: para fechar, Ibiza, na Espanha, que depende unicamente da indústria do turismo, foi o único lugar desse país que não foi afetado pela crise espanhola.
Já as cidades que abrigavam as grandes indústrias e portos... conheceram bem a crise e, principalmente, o desemprego.

domingo, 9 de março de 2014

Coincidência? Talvez…

Por: Eliseu 

terreno baldioPode parecer, até pode ser mesmo coincidência. Se perguntarem ao prefeito, o inatingível semideus, quiçá o próprio deus Audifax Barcelos, dirá com toda certeza que foi coincidência. “Sim, já estava programado”, diria ele. E daria mais todas respostas padrão que todos políticos tem na ponta da língua, de forma automática, como se fosse uma gravação.

Estou dizendo da vergonhosa situação que mostrei na postagem intitulada Serra, a cidade do descaso! publicada aqui em 5/3. Uma vergonha para uma cidade do porte de Serra. As fotos mostram claramente o descaso com pneus jogados e lixo espalhado por todo lado num bairro central da cidade. Mesmo que fosse num bairro periférico seria inadmissível.

A coincidência que me referi é que aquela situação já estava um bom tempo, e dois dias após ao passar por lá estavam limpando pelo menos as “beiradas” do terreno.

Tome tento Audifax, não se pode enganar todo o povo o tempo todo. Chega de lamentações e vamos trabalhar um pouco. Mostre a que veio!

sexta-feira, 7 de março de 2014

Imagina na Copa? É a frase dos calhordas...

Por: Davis Sena Filho, no: Blog Palavra Livre

copaQualquer pessoa medianamente inteligente e razoavelmente informada sabe que a Copa do Mundo a ser realizada no Brasil vai favorecer a população brasileira, bem como compreende que os recursos provenientes do BNDES investidos para a realização do megaevento não foram doados à iniciativa privada ou aos estados e municípios, porque o banco de fomento, que empresta e financia mais do que o Banco Mundial (Bird), vai ser ressarcido com o tempo e, por seu turno, recuperar todo o dinheiro empenhado.

O resto é balela e fofoca maledicente de uma oposição tucana derrotada três vezes nas urnas, juntamente com seus aliados, DEM e PPS, além das empresas midiáticas e apátridas, pois alienígenas, porque não têm quaisquer compromissos com o Brasil e seu povo, mas que aposta nos lucros bilionários que vão ter, a exemplo das Organizações(?) Globo, que de um lado faz campanha intermitente contra a Copa, enquanto do outro firma inúmeros contratos, que, sem sombra de dúvida, vão-lhes render valores assombrosos.

A Globo e a imprensa em geral são como o escorpião da fábula, que aproveita a carona do sapo para atravessar o rio e, quando chega na margem, envenena seu benfeitor, para logo dizer-lhe que sente muito, mas que não pode ir contra sua natureza perversa e traidora. É exatamente dessa forma que procedem muitos empresários de uma imprensa de mercado que trata a vida pública como uma novela de péssimo enredo, porque a intenção é negar as conquistas sociais e econômicas da população deste País, que optou por eleger políticos de esquerda, pois não aguentava mais a iniquidade administrativa dos tucanos.

Eis que, a toda hora e todo o momento, os analistas, comentaristas, colunistas, âncoras, blogueiros, radialistas e “especialistas” de prateleiras, bem como os coxinhas de classe média que os ouvem, leem e veem proferem uma frase que se assemelha a uma senha, com o propósito de negativar e desqualificar a Copa de 2014. É como se eles tivessem combinado, e, a pleno pulmões, dão a sentença em forma de maldição: “Imagina se fosse na Copa?!” Existe frase mais calhorda e intelectualmente simplória do que esta, ao questionarem o evento que essa gente torce contra?

A frase “maldita” é um misto de interrogação, ao tempo que de exclamação, como se o Brasil, a sexta economia do mundo e que realizou, nos governos entreguistas e subservientes do PSDB, a maior privatização de empresas estatais que se tem notícia no mundo moderno, e, de repente, não tivesse competência estrutural, tecnológica e profissional para que a sociedade brasileira se torne uma anfitriã orgulhosa de realizar tão importante festa. A resumir: realizar a Copa das Copas, no País do futebol habitado por um povo que ama o “velho e violento esporte bretão” e que espera há 64 anos para ser o anfitrião de um evento de massas e midiático tão importante como o é a Copa do Mundo.

Então, vejamos: um Brasil, ainda rural, que realizou no longínquo ano de 1950 uma Copa do Mundo, para os patetas colonizados da mídia não teria condições de realizar uma Copa em pleno ano de 2014. Só que o gigante sul-americano há décadas é a sede onde acontecem eventos grandiosos e internacionais, como o Carnaval, os reveillons, os Rock in Rio, a Eco 92, a Rio+20, as visitas dos Papas, a Jornada Mundial da Juventude, as Olimpíadas Militares, a Paraolimpíadas, a Minicopa de 1972, os Jogos Pan-Americanos de 1963 e 2007, a Copa das Confederações e muitos outros eventos, que, certamente, dão ao Brasil um know how que poucos países adquiriram através dos tempos.

Considero uma pilhéria, um deboche e falta de senso crítico dos coxinhas reacionários e também das famílias donas de mídias diversas que, por intermédio de seus empregados, fazem uma campanha sórdida e desconstrutiva contra a Copa quando a verdade é que o legado vai ser grande e, consequentemente, vai ser mostrado no horário eleitoral gratuito, pois já se percebe que contar com grupos empresariais de caracteres golpistas e com grande parte da classe média conservadora é impossível e por isso, evidentemente, que os atuais políticos que administram o Brasil não somente têm de mostrar o que não é repercutido pela imprensa corporativa, bem como têm o dever e a obrigação de dar publicidade aos benefícios estruturais, econômicos e financeiros que eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas vão trazer para o Brasil e o seu povo.

Sempre questionei a Secretaria de Comunicação (Secom) do Governo trabalhista. Seu sistema de comunicação social é fraco, tímido, quase pusilânime e com vocação para botar panos quentes no que é condizente às relações com a mídia tradicional de caráter hegemônico e imperialista. Por isto e por causa disto afirmo: depois da Copa vão acontecer as eleições, e não se pode tergiversar e muito menos se calar diante daqueles que se comportam como abutres a comer o fígado de Prometeu.

É necessário reagir e responder, sistematicamente, acusação por acusação, denúncia por denúncia, mentira por mentira e verbo por verbo. Do contrário, o PT, seus aliados e o Governo trabalhista vão ficar à mercê da direita brasileira, dona da casa grande e que governou este País durante séculos sem, no entanto, edificar as pedras para termos um Brasil solidário, democrático, independente, justo e emancipado. Perder a guerra da comunicação pode não ser a derrota final, mas é, sobretudo, uma espécie de linchamento que enfraquece o moral, a determinação e a dedicação das pessoas que acreditam no projeto de distribuição de renda e de riqueza efetivado no Brasil a partir dos governos de Lula e de Dilma Rousseff. Crescimento com desenvolvimento social e livre das visitas do FMI. Ponto!

Não vai adiantar a direita espernear. Vamos ter Copa, sim! E vai ser a melhor Copa de todas as copas, porque o Brasil tem todas as condições de fazer com que as coisas aconteçam da melhor maneira possível. Não somos um País incompetente e muito menos disposto a “pagar” vexames porque assim desejam os coxinhas amargos, derrotistas e que detestam o Brasil e amam Miami, bem como não vão ter esse prazer a "elite" brasileira de alma colonizada, subserviente e que torce contra o Brasil.

A burguesia que prefere eternamente viver na periferia e se beneficiar das migalhas dos países ricos, que a tutelam secularmente, porque essa gente com complexo de vira-lata ainda pensa como se vivesse nos tempos da Guerra Fria quando, para ela, era necessário ser defendida dos comunistas comedores de criancinhas, que acabariam com seu mundo cristão e dilapidariam seu patrimônio conquistado às custas da escravidão, do monopólio empresarial, da acumulação de terras, bem como dos salários baixos e das péssimas condições de trabalho para os trabalhadores.

Entretanto, a Copa vai ser realizada, mesmo contra a vontade dos calhordas e as mentiras da imprensa de negócios privados. Se não, vejamos: o Governo trabalhista não está a gastar com os estádios, porque o dinheiro do BNDES é emprestado e retornará aos cofres públicos, com o tempo, por intermédio de contratos firmados com o setor privado e os estados da Federação que participam da Copa. Além disso, é a mais pura e desvairada mentira que o Governo trabalhista desviou dinheiro público destinado à saúde e à educação para construir estádios.

Os investimentos da Copa são da ordem de R$ 25,6 bilhões, segundo o Ministério do Esporte. Todavia, o setor midiático privado, aliado dos tucanos, insiste na falácia e na bazófia ao afirmar que a educação e a saúde foram prejudicadas. Repito novamente: é mentira! A partir de 2007 quando o Brasil foi confirmado como o País da Copa de 2014, foram investidos, em educação, R$ 311,6 bilhões; enquanto a saúde recebeu R$ 447 bilhões, o que põe por terra as diatribes da oposição de direita, que todo dia inventa alguma crise ou escândalo, porque a finalidade é disputar as eleições presidenciais com chances de vencer, porque projeto de País e programa de governo os tucanos e seus apoiadores não têm para oferecer ao povo brasileiro. Ponto!

Além disso, o último balanço da Copa do Mundo mostra que os investimentos públicos e privados, como já foi informado neste artigo, alcançam a soma de R$ 25,6 bilhões — divididos nesta ordem:

1)R$ 8 bilhões em obras de mobilidade urbana;

2)R$ 8 bilhões em construção e reformas de estádios;
3)R$ 6,3 bilhões em aeroportos;
4)R$ 1,9 bilhão em segurança;
5) R$ 600 milhões em portos;
6) R$ 400 milhões em telecomunicações;
7) R$ 200 milhões em infraestrutura turística; e
8) R$ 200 milhões em instalações complementares.

Em qualquer país do mundo a Copa é tratada como um presente, uma conquista econômica, social e política. A grandeza do evento atrai pessoas do mundo inteiro, as empresas se mobilizam, bem como os governos. Somente no Brasil, uma casta social perversa, faz oposição a um evento econômico ao tempo que lúdico como o é a Copa do Mundo.

Os interesses políticos, de classe e a disputa eleitoral de 2014 fizeram com que certos segmentos empresariais e políticos atuassem como kamikazes e apostem contra o próprio País onde vivem e ganham muito dinheiro. A "elite" brasileira é surreal, ridícula e provinciana.

Deseja um País menor, com uma economia que atenda somente à casta dos privilegiados, e que o acesso a serviços, ao consumo, aos estudos, ao emprego e às oportunidades variadas sejam um direito a quem se considera, equivocadamente e arrogantemente, escolhidos por Deus ou simplesmente bafejados pela sorte.

A frase "Imagina na Copa?" se transformou no retrato do derrotismo, da negatividade, da total falta de senso crítico e de civismo de uma direita destrutiva que aposta na derrota e gostaria que a Copa do Mundo acontecesse longe do Brasil, talvez na Inglaterra, que há séculos, juntamente com os EUA, coloniza a cabeça dessa gente, que se sente menor do que os outros.

O problema, então, pertence a eles. Se o são pessoas incapazes, ou se consideram assim, que vão se tratar por intermédio de uma terapia. Vocação para ser vira-lata é o sinal, inquestionável, de quem não se respeita e não se dá o respeito. A frase que virou um adágio "Imagina na Copa?" é realmente coisa de calhorda. É isso aí.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Serra, a cidade do descaso!

Por: Eliseu 

terreno_baldio_jardim_limoeiro_serra_audifaxPode parecer repetitivo, mas infelizmente às vezes temos que o ser para que se não sejamos ouvidos, pelo menos alertar a população em quem anda votando. Quando da época de eleições todos os candidatos prometem sempre a mesma coisa: saúde, educação, segurança, e mais o que o cidadão perguntar.

Quando são eleitos, aí a coisa muda de figura. Não se recebe lideranças comunitárias, diz que Orçamento Participativo “é balela” (está no Jornal da Serra). Hoje os postos de saúde estavam fechados. A administração do prefeito Audifax durante 15 meses de mandato só faz reclamar de seu antecessor Sérgio Vidigal, outro político demagogo que nada fez de bom para a Serra. Apenas maquiou alguns bairros e postos de saúde.

As fotos mostram o descaso do prefeito com a cidade. Não se pode pensar em saúde e muito menos em segurança pública com terrenos baldios neste estado. Se perguntar a alguém do governo municipal a resposta é a padrão: “isso é culpa dos moradores que jogamterreno_baldio_jardim_limoeiro_serra_audifax lixo”. Mas onde está a prefeitura para fiscalizar? Pensem bem. Esse ano haverá eleições e vários políticos começam a por a cara na televisão. Enquanto escrevia aqui a deputada Sueli Vidigal mostrava sua cara de “santa” na tv. É bom lembrar que ela foi envolvida em denúncia de compra de votos na última eleição, usando veículo público. O vídeo pede ser visto clicando aqui.

As fotos são do bairro Jardim Limoeiro. Só que do Jardim Limoeiro “original”, aquele miolo comercial que Audifax considera como o bairro. Se não considerasse…

Minhas desculpas pela qualidade das fotos. Não saí para isso, mas não resisti e usei o celular mesmo. Se clicar na imagem ela será ampliada!

terça-feira, 4 de março de 2014

Serra chora!

Por: Eliseu 

prefeitura_serra_descasoSerra, a bela cidade do morro Mestre Álvaro e de lindas e extensas praias, chora! Chora porque apesar de dotada de tantas belezas naturais, nosso sistema eleitoral permite que sejam formados verdadeiros “cartéis” de políticos que nos enfiam goela abaixo suas candidaturas e sejamos obrigados a escolher o que achamos será o menos pior.

Nossa cidade vem desde sempre sendo administrada (?) por políticos que só pensam em si próprios e seus patrocinadores (os tão endeusados empresários na concepção do Audifax). Dão alguma “esmola” a seus lacaios e permanecem no poder indefinidamente. Temos o exemplo clássico do “Dr.” (só aceito tratá-lo por doutor quando ver seu diploma de doutorado e constatar que não é falso) Sérgio Vidigal e Audifax Barcelos. Os prefeitos anteriores não vale a pena comentar.

Sérgio Vidigal, após dois mandatos seguidos de muita enganação, fazendo maquiagem em postos de saúde e asfaltando ruas e vielas sem nenhuma infra estrutura, lançou o então desconhecido Audifax Barcelos para sucedê-lo. Ai começou o teatro: viraram adversários políticos aos olhos da população, mas estão se perpetuado no poder. E o pior: nada fazem pela sofrida cidade. Vidigal no seu ultimo mandato esteve envolvido em denúncias de corrupção. Audifax só faz lamentar que pegou a prefeitura quebrada. Enquanto isso 1 ano e 3 meses se passaram e nada foi feito. Nada mesmo!

Por enquanto vou mostrar algumas mazelas do tradicional bairro Jardim Limoeiro. Logo passo para o restante de cidade que é bem grande. Haja gigabytes para armazenar fotos e vídeos. Ainda bem que atualmente temos dispositivos que conseguem armazenar uma enorme quantidade de material que será usado para lembrar os eleitores.

A foto acima é da “Rua” XX, em Jardim Limoeiro. E aquele “belo” depósito criadouro do mosquito da dengue, ao ser perguntado à vice prefeita e ao secretário de obras se seria da prefeitura, foi dito com veemência que não. Pertence a uma empresa que presta serviços à prefeitura. Tá explicado porque a prefeitura da Serra nada tem a ver com a situação. Muito bom!

sábado, 1 de março de 2014

Primeira postagem

Por: Eliseu

Esta é a primeira de muitas postagens que virão enquanto este blogueiro independente que não tem patrão permanecer nesse planeta e tiver capacidade física e mental para escrever. É a primeira postagem deste blog, mas não se alegrem políticos que estão no poder apenas para cuidar de enriquecer às custas do cidadão. Não sou tão novato no ofício. Sou editor do blog O Carcará que é voltado à política em nível nacional e que por motivos de ordem pessoal infelizmente não tenho dado a devida atenção ao mesmo, escrevendo pouco e consequentemente não o atualizando como sempre fiz. Mas a desfaçatez da política brasileira e seu políticos é tamanha que resolvi voltar com toda força possível tanto no O Carcará quanto no recém criado blog.

A Serra, bela cidade que fica localizada na Região Metropolitana e está no litoral do Espírito Santo com belas praias, não tem fugido à sem-vergonhice da política nacional e mereceu a meu ver um blog para tratar especificamente dos desmandos que vem ocorrendo na política local. Vale ressaltar que Serra é a 2ª maior arrecadadora do Espírito Santo, um estado pequeno mas extremamente rico. Evidentemente não será tratado aqui apenas assuntos inerentes à cidade de Serra, mas ao estado e também ao Brasil. Também não serão mostrados apenas as mazelas da cidade. Se houver o que deva ser elogiado, será feito.

Deixo claro aqui que vou fazer denúncias da péssima administração que o Sr. Audifax vem fazendo. Passados um ano e dois meses de governo, a única ação do prefeito além de jogar água tratada nas gramas da BR-101 e algumas poucas principais avenidas é se lamentar da administração anterior. Já está sendo chamado de prefeito das lamentações.

audifax-lourencia_ponto_onibus_jardimlimoeiroPara começar, fica a foto do ponto de ônibus em frente ao condomínio Parque dos Pássaros que possui 496 apartamentos e que como a vice prefeita Lourência Riani disse à esse blogueiro (sem saber que o era) “foi um condomínio para baixa renda, com pessoas sem informação”. O referido condomínio fica localizado no tradicional bairro de Jardim Limoeiro. Deve ser que à vista da vice chefe e também do chefe do executivo municipal, pessoas “baixa renda” (que nem de longe é a realidade dos moradores do condomínio) devem esperar o ônibus no meio do mato.

Muitas fotos, vídeos e denúncias ainda virão. Infelizmente!